Texto retirado de um bate-papo em vídeo de profissionais do Grupo Trinus (TG Core Asset e Trinus Wealth):
Diego Siqueira (CEO | TG Core Asset)
Darlan Loples (RI – Relacionamento com Investidores | TG Core Asset)
Ibrahim Facuri (Wealth Management | Grupo Trinus)

Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII) são formados por grupos de investidores com o objetivo de aplicar recursos em diversos tipos de investimentos no segmento imobiliário. Vamos entender quais são suas diferenças em relação a investir em um imóvel tradicional e quais os tipos de fundos imobiliários que você precisa conhecer para começar certo.

Antigamente, a única forma de se investir em imóveis era comprando-os, em sua forma física mesmo e sozinho. Ou seja, ter acesso à uma carteira de imóveis era apenas para os “muito ricos”. Atualmente, os FIIs são opções práticas, acessíveis a qualquer pessoa e com excelente risco-retorno para aplicações no segmento imobiliário.

Em 2019, vimos a demanda por esse tipo de investimento crescer muito, graças à maturidade do mercado e à queda das taxas de juros (o que fez com que se tornassem ainda mais interessantes). Portanto, este pode ser o momento certo para entrar neste mercado.

Quais os tipos de FII´s?

Os fundos imobiliários podem ser de “tijolo” ou “de papel”. Os fundos de tijolo atuam como qualquer empreendedor do mercado imobiliário, seja no desenvolvimento de empreendimentos (buscando sua valorização) ou em imóveis já prontos (buscando sua carteira de rendimentos), como edifícios comerciais, shopping centers e hospitais.

Os fundos de papel investem em títulos atrelados ao mercado imobiliário, ou seja, financiando empreendedores do ramo, mas com garantias e lastros imobiliários (os CRI´s, por exemplo – certificados de recebíveis imobiliários). Isso faz com que, mesmo com retorno muito acima de aplicações de renda fixa hoje, tenha uma boa segurança.

Há também os FII´s híbridos, em que se mistura em um mesmo fundo “tijolo” e “papel”. Ainda temos outras classificações, como monoativos, multiativos, monoinquiliqino, multinquilino, etc. Mas vamos discutir esses detalhes em outro texto.

Mas afinal, quais são as vantagens de se aplicar em FII’s?

1) Possibilidade de se investir com baixo volume Financeiro. Geralmente com um pouco mais de R$100,00, o investidor já consegue realizar aportes iniciais;

2) Sem burocracias! Não há despesas extras como cartorários, corretagem e outras taxas, além de não haver aquele enorme desperdício de tempo/esforço, pois pode-se comprar tudo pelo computador da comodidade de sua casa (tudo de forma MUITO SEGURA e regulado pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários).

3) Liquidez na hora de vender ou de comprar. Se desejar vender, em dois dias úteis o investidor tem seu dinheiro na conta, o que é muito atrativo quando se comparado com imóveis. E esse resgate pode ser total ou parcial, sem prejuízo ao investidor (diferente de um imóvel normal, em que não é possível resgatar frações).

4) Diversificação, pois em um mesmo fundo imobiliário, você tem geralmente vários imóveis e, algumas vezes, até imóveis de diferentes tipos (desenvolvimento, shoppings, loteamentos, galpões logísiticos, etc.), como acontece no fundo TG Ativo Real (TGAR11)

5) Renda mensal é outro atrativo de bons fundos imobiliários. Isso se encaixa bem com a cultura do brasileiro, como foi dito anteriormente, que é ter uma renda de aluguel mensal por algum tipo de imóvel. Bons fundos imobiliários têm entregado renda acima de 0,6% a.m., enquanto hoje em dia o aluguel de imóveis costuma ser menos de 0,4% a.m. Para completar ainda mais uma vantagem adicional aqui, diferente de aluguéis tradicionais, não há incidência de IR (imposto de renda) para pessoas físicas sobre esse rendimento mensal (distribuição de dividendos) nos FII´s.

Essa característica de renda mensal é altamente indicada para aquelas pessoas que sonham alcançar independência financeira e viver de renda.

Como começar a investir?

Os fundos imobiliários são negociados na B3 (antiga BMF BOVESPA), um ambiente eletrônico extremamente seguro e fiscalizado pelas maiores instituições financeiras do país. Para ter acesso, o investidor precisa abrir uma conta em uma corretora (qualquer uma, basta escolher a que mais se encaixa com o seu perfil e que tenha uma atendimento bacana). E isso não gera nenhum custo ou obrigação.

ATENÇÃO! Dica certa: os fundos imobiliários são um investimento de renda variável. Isso significa que o retorno passado não garante rendimentos futuros.

Agora você já sabe, antes de investir dá uma passadinha aqui, faça sua pesquisa e invista no que faz mais sentido de acordo com o seu perfil de investidor.

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